FEIRA-LIVRE DA GENTILÂNDIA

Hoje é domingo, dia de feira-livre na cidade de Fortaleza. Em diferentes bairros da cidade podemos encontrar uma diversidade delas. Decidi ir à feira da Gentilândia, não apenas por ser aquela que se encontra na minha vizinhança, mas porque ela ainda mantém certo charme interiorano, ainda que localizada em um dos bairros mais centrais da cidade, o bairro do Benfica. A desculpa era comprar um feijão verde debulhado na hora, algumas verduras frescas: maxixe, macaxeira, pimenta de cheiro, jerimum e um peixe para o almoço dominical. Na verdade estava mesmo era com uma vontade danada de fotografar a feira. Peguei minha câmera compacta com lente de 28 mm (adoro lentes de 28 mm) e comecei a andar pelos corredores da feira. É um mundo de cores, cheiros e sons. Seus sentidos ficam embriagados de tanto estímulo, ao cheiro do peixe se mistura o cheiro da manga e da hortelã, fazendo fundo musical podemos ouvir uma rádio evangélica ou um forró do “mastruz com leite”. É muito comum na maioria das feiras livres nos depararmos com as quinquilharias do mundo moderno, bugigangas que lembram as lojas de R$ 1.99 dos produtos coreanos, esse é um colorido que cada vez mais vem dominando as barracas dos feirantes. Mas nem por isso deixamos de experimentar surpresas agradáveis nesse mercado de toma lá dá cá. A feira da Gentilândia ainda reserva alguns recantos que remontam a um passado brejeiro que está cada vez mais se esvaindo dos grandes centros urbanos.